quinta-feira, 29 de março de 2018

Ah! Não sou gaúcho...


Quem teve a oportunidade de viajar por outros estados do Brasil, especialmente os do Norte e do Nordeste, sabe o quanto é difícil explicar que as pessoas nascidas no Rio Grande do Sul não são necessariamente gaúchas. Até muitos que moram no Estado mais ao sul do Brasil estranham quando afirmo que nasci neste Estado, mas nem por isso sou gaúcho. Mas é isso mesmo o diz o dicionário de gentílicos: quem nasce no Rio Grande do Sul é rio-grandense-do-sul. Assim de simples!
Gaúcho é outra coisa. Gaúcho não é um termo gentílico. É uma cultura. Tanto que existem gaúchos na Argentina e no Uruguai. Gaúcho é o morador do pampa, descendentes dos povos charruas que habitavam as pradarias pampeanas e foram dizimados pelos invasores espanhóis e portugueses.
Assim como eu e a maioria dos que hoje vivemos nestas terras, não somos descendentes dos índios charruas. Meus bisavós vieram do norte da Itália. Outros tem seus ancestrais oriundos da Alemanha, da Espanha, de Portugal, da França, Suíça, China, Japão... E há os que aqui estão porque seus antepassados foram trazidos à força da África para terem seu trabalho explorado como escravos nas fazendas e charqueadas do sul do Rio Grande do Sul.
Pergunto eu: um menino nascido hoje, filho de pais recém chegados do Haiti, de Bangladesh ou do Senegal, pode ser considerado gaúcho? Rio-grandense-do-sul com certeza é, pois a lei garante a todo nascido em solo brasileiro o direito de ser brasileiro. Mas se é ou não gaúcho, deixo para os gauchistas decidirem. Só lhes peço que tirem todas as consequências desta sua afirmação. E não apenas as que lhes são vantajosas. Se disserem que sim, que o recém nascido é gaúcho, lhes peço abandonem o discurso racista e xenófobo e acolham bem todos os estrangeiros aqui chegados e seus filhos que aqui nascem. Se disserem que não, parem de querer impor sobre toda a população do Estado uma identidade que não lhes diz respeito.
Sei que esta minha batalha é inglória. Sou exceção entre a maioria que, sem se questionar, brada nos estádios “Ah! Eu sou gaúcho...” e, na hora em que é entoado o Hino Nacional Brasileiro, viram de costas e cantam o Hino Riograndense onde se exaltam as façanhas de um passado que nunca existiu.
Lamento ter que dizer isso. Mas é uma afirmação necessária diante da ideologia gauchesca que teima em fazer dos CTG um espaço de reprodução simbólica da fazenda onde os escravos eram açoitados, os peões explorados até o fim de sua vida útil, e as mulheres tratadas como prendas e chinas. Ideologia que se atualiza em discursos escravagistas e excludentes de que “quilombolas, índios, gays, lésbicas ... é tudo que não presta” e que volta a querem impor seu mando na base do chicote.
Se essa é a compreensão do gaúcho, posso então dizer, com toda a tranquilidade: “Ah! Não sou gaúcho...”

segunda-feira, 19 de março de 2018

Prá ficar na história

O mês de março em Porto Alegre é quente. Muito quente. E esta semana foi particularmente quente. Demais... como muitas coisas são demais em Porto Alegre. Para quebrar a rotina depois de uma semana de intenso trabalho, penso em ir ao cinema. Consulto a programação cultural da cidade e, em meio aos premiados e insosos filmes de Hollywood, um estranho título de um documentário brasileiro: “Prá Ficar na História”. A sinopse me surpreende mais que o título: trata-se de uma produção de um diretor gaúcho – Boca Migotto – sobre o empenho de um veterinário garibaldense – Luiz Henrique Fitarelli -  em resgatar, restaurar e guardar objetos relacionados à imigração italiana. Leio alguns comentários sobre o filme disponíveis na internet e me decido: vou ver!
Como a linha de ônibus 255 Caldre Fião desaparece nos finais de semana, desço a pé até a Bento Gonçalves e espero pacientemente por um ônibus que vá até o Centro. O São José me deixa na Rua Uruguai. Subo até a Rua da Praia que no sábado de tarde está transformada em um verdadeiro shopping popular a céu aberto. A sombra dos edifícios e a brisa que sopra do Gasômetro formam um microclima agradável em meio ao torpor das três da tarde. No meio da rua, todo tipo de pessoas vendendo todo tipo de coisas. A maioria são brasileiros que, com o “crescimento negativo” da economia, encontraram no comércio informal uma forma de suavizar a precarização da vida. Chama a atenção também o número significativo de estrangeiros vendendo suas mercadorias nas improvisadas lojas sobre caixas e panos. A maioria são senegaleses. E aí estão os haitianos. Pela convivência com senegaleses na França e com haitianos aqui no Brasil, consigo distinguir, pelo tipo físico e pela fala, quem é de uma nacionalidade e quem é de outra. E há também os equatorianos e peruanos com suas flautas e CDs de música andina. Mais para diante, um casal com duas crianças. Falam espanhol com um sotaque que não conheço. Pode ser que sejam venezuelanos.
Sigo sem pressa pela Rua da Praia. Entro numa farmácia para comprar meus remédios para hipertensão. Coisa de 20 anos de professor! Mais adiante passo pelo restaurante da Tauane. Assim como o diretor do filme que vou assistir, ela também é de Carlos Barbosa. Há 22 anos a família Pedruzzi mantém o restaurante Tauta na Rua da Praia, um pouquinho antes da Casa de Cultura Mário Quintana. Com a dedicação típica dos descendentes de imigrantes, fizeram do restaurante o ganha pão – e algo mais! – para toda a família.
Com o Cartão Banrisul tenho direito à meia-entrada. Uma regalia que é mantida em meio a tantos cortes nos gastos públicos. Umas 20 pessoas de meia idade pra cima na plateia. Pelo tipo físico, tenho certeza de todos são descentes de imigrantes italianos. O documentário tem um pouco o estilo do objeto documentado: uma montanha de belas imagens e entrecortadas falas em português, vêneto e italiano  sobre um amontoado de objetos que Luiz Henrique Fitarelli foi colecionando aleatoriamente durante 40 anos. Não há preocupação em construir uma narrativa orgânica do trabalho de Fitarelli nem um discurso interpretativo da imigração italiana. Nem mesmo as sequências filmadas na Itália tentam estabelecer uma relação entre a situação da Itália no final do séc. XIX e a imigração para o Brasil. Não afirmo isso como um defeito do filme. Pelo contrário, é uma virtude, pois a produção tenta manter-se fiel à proposta do objeto que tenta transmitir. E essa é a virtude maior de um bom documentário. Se Fitarelli não tem sequer um catálogo dos milhares e milhares de objetos que mantém depositados nas várias construções da Villa Fitarelli, que direito teria Migotto de tentar catalogar o trabalho de Fitarelli?
A fala que destoa do conjunto é a da professora Loraine Slomp Giron, uma das maiores estudiosas da imigração italiana no Rio Grande do Sul. Ciceroneada pelo próprio Fitarelli, ela percorre os depósitos e não esconde o seu desdém pelo trabalho do veterinário que se transformou em antiquário. Para ela, os objetos aí guardados, assim como todos os que estão em todos os museus, são objetos mortos que lembram pessoas mortas que lhe trazem “energias negativas”.
Mas uma fala da doutora me chama sobremaneira atenção. Ela lembra que os descendentes dos imigrantes italianos só começaram a ter orgulho e a se interessar pela história da imigração quando esta começou a ser interessante para a indústria do turismo. E que enquanto os descendentes dos imigrantes italianos eram pobres, suas histórias não interessavam a ninguém. E quando estas histórias vinham à tona, eram escondidas ou reprimidas. E arremata provocativamente ela: quem se interessa pela história dos senegalês e haitianos que hoje estão chegando ao Brasil?
Enquanto o documentário prossegue, minha mente sai da Sala Eduardo Hirtz da Casa de Cultura Mário Quintana e sobrevoa os vendedores ambulantes da Rua da Praia que falam sotaques dos diversos cantos do mundo. Cada um e cada uma tem suas histórias de vida que nem sempre são contadas e muitas vezes são ocultadas sobre o genérico nome de “estrangeiros”. Qual o nome do vendedor dos Nikes falsificados? De onde veio a senhora que vende leques chineses? Quantos filhos tem o casal de peruanos que tenta vender seus CDs de música andina? Quem é o pai do adolescente haitiano que vende “pau de selfie” e capas para celular? Quem se interessa por suas histórias?
Talvez daqui a 30, 50 ou 100 anos, seus netos e bisnetos, já estabelecidos no Brasil e com estabilidade econômica, comecem a buscar suas origens, resgatar objetos e contar histórias sobre a chegada de seus antepassados ao Brasil. E quem sabe, um documentário Prá Ficar na História.

A classe media e o complexo de vira-lata


A expressão foi cunhada pelo grande Nelson Gonçalves. Originalmente referia-se à condição do povo brasileiro depois da derrota para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950. O gol de Gigghia que fez calar o Maracanã abarrotado selava o sentimento presente na mente de muitos brasileiros de que o nosso destino seria o de ser eternos tupiniquins e quenunca alcançaríamos a glória das grandes civilizações. Nem mesmo no mundo desportivo.
A vitória por 5 X 2 contra a anfitriã Suécia no final da Copa de 1958 foi o começo da virada que se consolidou em 1962 e chegou ao seu auge em 1970 com a seleção canarinho do “Brasil ame-o ou deixe-o”. Os títulos que vieram depois – 1994 nos Estados Unidos e 1992 no Japão - foram apenas decorrência do “melhor futebol do mundo”. O sonho durou até a Copa do Brasil de 2014 e o fatídico 7 X 1 contra a Alemanha. E aí voltou o complexo de vira-lata até que a seleção prove ganhando outro mundial. Quem sabe o da Rússia em 2018?
Mas aí eu coloco uma pergunta: será que é mesmo real o complexo de vira-latas do povo brasileiro? Quem sou eu para desmentir ou corrigir o Nelson Gonçalves... Mas, desde a minha humildade, lanço a tese de que o tal complexo não atinge todos os brasileiros. Ele é um complexo típico da classe média. E isso não é o resultado de nossa composição étnica mestiça ou da fatalidade de sermos um país tropical, como afirmaram vários “cientistas” brasileiros do séc. XX. O complexo de vira-lata é uma opção da classe média. Tenho muitas razões para pensar assim. Elenco apenas algumas. Sigam-me na lista se tiverem paciência.
A classe média brasileira – a do sul, pelo menos – nunca esteve em Belém do Pará, nem em Manaus, Fortaleza, João Pessoa ou Salvador. Mas a classe média faz questão de ir a Nova Iorque, Paris, Londres e Roma. A classe média nunca comeu uma feijoada, um vatapá, uma moqueca de peixe, um tutu mineiro, um autêntico churrasco gaúcho. Mas a classe média faz questão de dizer que adora escargot, come o insosso McDonalds e faz um esforço danado prá engolir sushis, sashimis e tamakes. A classe média não vai ao cinema para ver filmes brasileiros. Ela despreza os nossos atores e atrizes e afirma que nossos filmes não tem qualidade técnica. Mas a classe média lota os cinemas com as produções hollywoodianas de quinta categoria. A classe média não houve rock brasileiro, tem horror de música sertaneja e passa longe do samba, do pagode e do funk. Mas a classe média lota os estádios nos shows de ridículas bandas americanas que não tem o menor pudor com o uso do playback. A classe média não compra roupa nos shoppings brasileiros. Ela vai fazer suas compras em Miami onde paga o dobro pelos mesmos produtos chineses, bengalis e tailandeses vendidos em Ciudaddel Este. Mas a classe média tem orgulho de dizer que fez suas compras em Miami. A classe média jamais participa das festas juninas, do Círio de Nazaré ou do carnaval de rua. A classe média comemora o Halloween, o Thanksgiving Day e o Saint Patrick’s Day.
O fato é que a classe média não gosta do Brasil. Ela não quer que o Brasil saia de sua situação de Terceiro Mundo. A classe média quer que o Brasil continue sendo um país marcado pela pobreza. Imagina se o Brasil dá certo e essa multidão de pretos e pobres começa a tomar o lugar que historicamente foi da classe média branca e bem nascida? Seria o fim da própria classe média... Melhor que o Brasil perca de novo para a Alemanha de 7 X 1! E que a Petrobrás seja vendida. Afinal, prá que ter a maior e melhor petroleira do mundo? O Brasil não merece, pensa a classe média. E as reservas do pré-sal? O Brasil não sabe o que fazer com elas. Melhor entregá-la para os europeus e norte-americanos que sabem o que fazer com o petróleo. As reservas naturais de fero, manganês, bauxita, níquel, cádmio, titânio? Entreguemos para os chineses, pensa a classe média. Chinês transforma tudo em manufaturado e depois nós compramos! A biodiversidade da Amazônia? Os cientistas brasileiros não são capazes de aproveitá-la... Aliás, prá que incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico se podemos comprar tudo já pronto nos shoppings de Miami, Cingapura, Doha, Hong Kong ou Taiwan? A caatinga e o cerrado? São só árvores tortas e espinhentas. Belas de verdade, para a classe média, são as florestas de coníferas do norte da Europa e do Canadá. O pampa? Um imenso deserto verde. Vamos enchê-lo de eucaliptos australianos! São lindos os eucaliptos australianos... Bom mesmo seria importar cangurus prá substituírem os pangarés e as ovelhas. Prá que sermos a sexta economia do mundo se podemos ser a primeira colônia americana?
E o pior é que a classe média, mesmo dizendo-se admiradora dos Estados Unidos e defensora das liberdades individuais, ela tem pavor de democracia. Democracia só existe nos Estados Unidos e Europa. Aqui, o bom mesmo é uma boa ditadura. Daquelas bem sanguinárias, com tanques e tropas nas ruas. Porque “bandido bom é bandido morto” e as “pessoas de bem” tem direito a se armar para se defender. Políticas públicas, só para os ricos, tipo bolsa-empresário e auxílio moradia para juízes, ministros, deputados e senadores. Pobre tem que aprender a pescar. Nada de acostumá-los com as benesses do Estado. Vicia, torna preguiçoso. Ajuda do Estado apenas para o andar de cima no qual a classe média acha que habita. Se o filho de trabalhador não pode pagar pela universidade, que não estude. O Brasil precisa de mão de obra barata para rebaixar o “custo Brasil”. Políticos decentes? Melhor impedir que se candidatem. Se forem eleitos, podem dar mau exemplo e o populacho pode querer fazer política.E, caso algum consiga candidatar-se e ser eleito, faz-se um impeachment sem qualquer base legal. Com a Câmara, com o Senado, com o Supremo e com tudo, como bem lembrou o Romero Jucá. E se o impeachment for muito trabalhoso, tem sempre um miliciano disposto a ganhar uns trocados para fazer o serviço sujo numa noite escura de uma rua do centro do Rio de Janeiro. Foi feito com Mariella Franco. Pode ser feito com outros.
Como disse a filósofa Marilena Chauí, a classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante. Fim".

segunda-feira, 5 de março de 2018

CENAS DE VERÃO IV: OS BANQUEIROS, O ROTTWEILER E O SAPO BARBUDO


Dia seis de fevereiro. Ainda era verão nos quatro cantos do Brasil com sol de norte a sul. Véspera de carnaval. Mas a cidade de São Paulo fica longe do litoral. Aqui nada para. A vida segue normal. Afinal, tempo é dinheiro e como o tempo não para, o dinheiro também não pode parar. Ainda mais em ano eleitoral. As fichas tem que ser jogadas desde cedo para que os senhores da mesa tenham a segurança de nada perder.
Hotel Hyatt. Um dos mais sofisticados de São Paulo. O evento foi organizado pelo Banco Pactual. Quem comanda o espetáculo é um dos seus fundadores que deixou a função de executivo para dedicar-se à articulação política dos interesses do segmento que domina a economia brasileira. Presente na plateia o reduzido clube dos donos de bancos. Além deles, os operadores de mercado. Aqueles que, no dia a dia, administram os interesses dos donos dos bancos.
É um seleto grupo. O grupo dos ganhadores. Em um ano de profunda crise da economia brasileira, o maior dos bancos privados, o Banco Itaú, viu sua lucratividade crescer 12,3% e aproximar-se, em valor líquido, dos 25 milhões de reais. Na soma dos quatro maiores bancos – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander – o aumento da lucratividade foi de 10,4%.
Mas os banqueiros e seus lugares-tenente não estão aqui para discutir economia. Para eles, o atual cenário econômico brasileiro está muito bom. Mais: nunca esteve tão bom! Eles querem que continue assim. E para isso precisam garantir seu candidato que já governa a economia brasileira há um bom tempo servindo aos diversos governos de plantão. Seu nome é conhecido: Henrique Meirelles. O único problema do Henrique Meirelles é que, ao mesmo tempo que produz os número espetaculares para os banqueiros, produz também os mais horripilantes números para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O pior deles, o do desemprego. E todas as pesquisas de opinião mostram a sua inviabilidade. Não decola porque o lastro de desgraças que sua política econômica amarrou aos pés dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil é muito grande.
Que fazer então? Coloca-se o bode na sala. Ele tem nome e consequências: Reforma da Previdência. Para o desprazer dos engravatados que lotam o auditório do Hotel Hyatt, a tática do bode não funcionou. A Reforma da Previdência foi adiada e os brasileiros e brasileiras começaram a dar-se conta dos reais interesses que estão por trás das jogadas legislativas desde o golpe midiático-jurídico-parlamentar que afastou Dilma Roussef da Presidência.
Como a tática do bode não funcionou, a solução é apelar para a seguinte chama o rottweiler. Ovacionado em sua entrada triunfal e, na fala de quase uma hora, interrompido por frequentes aplausos, falou o pré-candidato à Presidência Jair Messias Bolsonaro. O que disse? Uma série de lugares comuns de seu repertório fascista. O que mais chamou a atenção foi sua incapacidade de apresentar qualquer proposta sensata sobre economia, saúde, educação e outros temas de interesse nacional. Sua maior pérola foi quando perguntado sobre como resolver o problema da segurança no Rio de Janeiro. A solução foi radiante: mandar metralhar a favela da Rocinha. Simples assim... E todos aplaudiram!
A pergunta é: o que leva homens inteligentes – se não fossem inteligentes não ganhariam tanto dinheiro... – a aplaudir tal personagem? A resposta me parece óbvia: eles precisam de um rottweiler para proteger seu território e assustar àquelas e àquelas que, mesmo timidamente, começam a querer a volta daquele que, durante oito anos, conduziu o maior processo de crescimento e redistribuição de renda do Brasil. Metade da população brasileira quer a volta do sapo barbudo ao governo. E a tendência é que aumente...
Será que a tática do rotweiler vai funcionar? Não sei. Não se sabe... Por precaução, o postiço que está onde nunca deveria ter estado, soltou sua matilha de rottweilers sobre a cidade do Rio de Janeiro. Se um rottweiler assusta, imagina milhares... Mas, não poderá acontecer com a tática do rottweiler o mesmo que aconteceu com a do bode? Só o tempo dirá... Mas, para desprazer dos banqueiros, no calor e na umidade típica dos trópicos, os sapos se multiplicam.