As mulheres no contexto de romanização da Igreja no Rio Grande do Sul

Frei Théophile de Villard-sur-Thônes junto à família de Chico
do Amaral (Vacaria, início do séc. XX).
A partir da análise de relatórios institucionais e correspondências pessoais dos missionários capuchinhos da Província de Saboia que, no final do século XIX e início do séc. XX desenvolveram intenso processo de evangelização na metade norte do Rio Grande do Sul, o trabalho investiga o discurso eclesial sobre as mulheres no contexto de romanização da igreja católica no estado. Na análise, três são os grupos priorizados: as mulheres dos imigrantes italianos, as mulheres dos “brasileiros” e as mulheres religiosas de vida consagrada. Preliminarmente, podemos afirmar que o discurso da Igreja em relação à mulher no contexto da imigração não é uniforme. Há o discurso a respeito da mulher imigrante exalta seu papel como filha obediente, esposa e mãe fiel à família e à igreja; o discurso sobre as “mulheres brasileiras” que são instadas a enquadrar-se no modelo da mulher imigrante; o discurso sobre a mulher religiosa consagrada que é chamada a tomar um papel educativo proeminente na Igreja e na sociedade, mas sempre sob as ordens do clero. Em todos eles, nega-se qualquer protagonismo à mulher e com isso reforça-se seu papel submisso, tanto na igreja como na sociedade.
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