As capelas como espaço de disputa de protagonismo e poder na Igreja da Imigração italiana no Rio Grande do Sul

Itapuca – 1939 (foto de Frei Robert D’Apprieu)
O artigo aborda a experiência de organização das “capelas” na região de colonização italiana no Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), como um espaço de poder e de protagonismo leigo na Igreja Católica Romana que, com a implementação da projeto de romanização1, foi extinto e substituído pelo poder e protagonismo clerical. Nossa investigação se atém ao período de 1874, data da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Estado e 1928 quando, por iniciativa de um grupo de párocos da região de colonização italiana, as capelas são dotadas de um Regimento que lhes tolhe a autonomia e as coloca sob a dependência direta e estrita dos párocos. O texto do “Regulamento das Capelas” por nós aqui analisado, é a principal fonte para entender o processo de des-empoderamento dos leigos pela instituição eclesiástica no período. O resgate da experiência é relevante no momento em que a ICAR, nos documentos das Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano traz à tona a necessidade do “protagonismo leigo” (CELAM, 1992, n. 97;103) e da necessidade dos leigos serem “parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da comunidade” (CELAM, 2007, n. 213). Nossa hipótese é a de que o protagonismo leigo só será possível na igreja na medida em que as estruturas eclesiais forem geridas pelos próprios leigos e leigas a partir de suas necessidades e por lideranças que surjam da própria comunidade.
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